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Comparemos os serviços prestados pelo empregado com o processo de venda de produtos pelo empresário a seus clientes. Talvez sirva de inspiração a empregados e empregadores. Os empresários precisam estar bem preparados e contar com equipe qualificada para desenvolver produtos ou prestar serviços aos clientes. No entanto, sabemos que esta não é a tarefa mais árdua, pois definir o preço de venda é ainda mais penoso. O preço baixo poderá não gerar lucro e levar à falência. Ao contrário, preço alto pode estar fora da média do mercado e também levar à falência, desta vez por falta de cliente. Encontrar o equilíbrio com bons serviços e preços compatíveis com os valores percebidos pelos clientes é a grande jogada. Sendo assim, precificar é tarefa apenas dos empresários? Claro que não, pois diariamente vendemos algo para alguém. Quando conseguem apresentar bons resultados, os filhos costumam receber recompensas de seus pais e avós. Se a nota da prova ou do trimestre foi boa os pais se apressam em gratificar da melhor forma, seja aumentando a mesada, presenteando com brinquedos novos, levando a passeios, cinema etc. Os filhos descobrem que seus clientes, os pais, percebem valores quando há bom desempenho, então procuram vender uma boa imagem. Jovens em busca do primeiro emprego facilmente notam que os empregadores (clientes) não lhes percebem nenhum valor, pois falta experiência. Com ajuda de veteranos, alguns preenchem o currículo com informações diversas, às vezes exageradamente fantasiosas, para mostrar diferenciais e assim fisgar o primeiro cliente (emprego). Saber o jeito certo de vender o primeiro emprego poderá ser decisivo para chamar a atenção do futuro patrão. Aqueles que já conquistaram o primeiro, segundo, terceiro ou mais empregos buscam fórmulas para conquistar melhores posições e obter salários mais altos. Alguns afirmam que trabalham pouco pois o salário é baixo, enquanto o cliente garante que só paga mais se o serviço apresentado tiver diferencial. Será possível a um empresário aumentar o preço do produto em relação aos concorrentes, sem nada oferecer a mais ao cliente? Sabemos que este irá comparar os produtos, inclusive o preço, e optar pelo melhor custo benefício. A mesma coisa acontece na relação entre patrão e empregado. O empregador irá comparar os diferenciais, inclusive os preços pagos pela concorrência, para tomar a decisão. Os empregados precisam oferecer muito mais do que o salário que recebem. Quando os clientes observam que os serviços são diferenciados, certamente estarão dispostos a pagar mais para não perder para a concorrência. Não estou dizendo que estes diferenciais devem ser inventados, pois se descobertos o prejuízo poderá ser grande. Afirmo que é importante e necessário executar o serviço com qualidade, inclusive com o destaque dos benefícios. Se o cliente mais próximo, que é o emprego atual, não reconhecer os valores, então é hora de colocá-los à disposição de outros clientes. Prestar serviços de má qualidade só porque os salários são baixos nunca é uma boa tática. Servirá apenas para garantir que o seu preço será sempre baixo, correndo o risco de perder o cliente (emprego). Concluo que os empregados que conhecem as técnicas de precificação terão mais chances de atingir o objetivo de conquistar bons salários. Bom trabalho!

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